“Como vai a batalha?” Ouço indomável, e sei que era para ti. Criança, conheço-te e sei de nosso gênio... Onde estás agora? Será que sabes? Será que lembras? E o indispensável rúnico se perdeu? Nem Cronos me afastou...
Tenho perdido as batalhas. Sim, teu Menino desconhece as novas armas. O Guerreiro cresceu. Precisavas ver, o pequeno grande Menino Guerreiro em combate! Nem a espada (sem tua bainha) tem o defendido.
E a música, como podes consertar um coração partido?
Deverias estar por perto. As feridas são profundas, entretanto, as aventuras incompletas sem ti. Lembras quando prometeste esperar-me no retorno apaixonado? Esforcei-me tantas vezes para a congratulação de teus abraços apertados, mas minha alma é desconhecida para os profanos de nossa
história. Quem salvaria o Guerreiro Menino?
Ao contrário, colecionei fracassos. Sabes, e admiravas em mim, a perseverança taurina de procurar e encontrar afeto. Ora, deixa-me falar-te dos últimos dias! E lembrarmos lado a lado dos nossos...
Acreditei que te convidaria neste Beltane para meu sacerdócio. Estava contente. Juraria perante os Deuses fidelidade intensa, e até aceitaria a eternidade. Pois foi um sonho que se perdeu em meu Dia. O Menino envelhecia com nova despedida. Acreditas que desisti? Não, somente tu, Criança-marota, compreendes que as Horas apenas tornam-me mais guerreiro. E como não seria? Quanto tempo esperei para conhecer-te Mocinha?
Quantas noites aguardando o sinal para o reencontro sincero do oi, seguido do amargo tchau? E o que faria parar? Nem a dor de teu único deslize pôde.
O tempo foi crescendo para nós, e juntos desfilavam em alegria irradiante o jovem guerreiro e a Luz-Criança. Quantas moedas contadas para o quentão de todos os dias? E os longos embates políticos, sociológicos, psicológicos, matemáticos, físicos, espiritualistas, mágicos, amados ao teu lado! Tua gargalhada ouvida por todos, contaminava os desavisados. Tanta Claridade... E há quem estampe a sombra...
Tantas noites em tua companhia. Falava sem receio. Tu, deslizavas tua sabedoria verdadeira. Encantava-me. Perdíamos os minutos e roubavam nossas horas. Quantos dias furtei do Menino o direito de buscar-te? Muitos, lembraste-me do dever. E eu, explodia em contentamento por demonstrar que me aguardavas.
Ao Mar, mostrei-te meu Amor. E nossas conchinhas? E as risadas? Tempo bom não deveria passar. Ouço no presente, a melodia que te presenteei no primeiro dia de nossa peripécia rumo à Afrodite. É claro, acompanhada de Baco... Lembras? - Encha até a borda, não diga quanto, encha até a borda, é Baco que vem vindo, é Baco que vem chegando... Evoé!
E como chegou! O Menino perdeu-se aos berros com minha espada para contar a Deusa que era Guerreiro! Queria ter visto... Acordei em teus braços vendo teus carinhos de Mãe.
Na manhã seguinte, abri os olhos em teu colo preocupado, rimos e tantos abraços! Oh! Senhora da Vida e da Morte, quem viveu esta Vida? Quem conhece esta história de bardo e jovens guerreiros?
Quanto festejo e reverência nas pedras! Olhava e admirava tua coragem que me roubava o título de guerreiro, pois a Criança do Ar brincava com os perigos e zombava das ondas. O Menino preferia o paraíso de tua visão na praia. Perderia minha vida quantas vezes fosse, para observar-te brincar com as bênçãos de Afrodite. Guardo ainda o presente que calou minha ira em esperar-te por tanto tempo.
O retorno com o conhecimento dos Amantes. Tantas vezes esta carta, até que tive tua escolha. Realmente era melhor uma alternativa incorreta do que a indecisão?
E tuas rosinhas? Ouço ainda em meu espírito tua voz na Rosa dos Ventos... Que dor ao lembrar de tuas lágrimas! Perdoa minha estupidez de deixar-te! Entretanto, imploro, me presenteia novamente com a carta que me deves. Fizeste-a para mim.
Nossos Felizes reencontros nos esconderijos do Menino. E nosso divertimento com o “pinha-bol” culminando com teu gol (contra), a favor de meu coração. Minha vitória? Nosso abraço.
Ah, saudades... Tantas, tomando emprestado Shakespeare, “por minha fé, não te amo mais com meus olhos...”
Quero contar-te dos recentes duelos. O Menino todo pomposo, empunhando a espada e sem teu escudo, assinalado por Durga (ninguém o reconheceu), de olhos vendados, vomitou lágrimas. Era a aflição do desamparo. Conto-te que sangrava, tentava desacreditar que largariam novamente teu Menino por ser Guerreiro da Vida. Disseram que a complexidade o tornava difícil... Mas, a Criança-Marota desvendou meus mistérios e viu meu espírito, reconheceu-me em teu chamado: Criança... Éramos gêmeos? O Menino e a Criança eram irmãos em espírito? Guerreiro e Luz são semelhantes? O que pode haver de perigo neste Amor?
Ouvi ainda a pouco, de outros que queriam um Amor puro, cândido... Como se a alma não pudesse ser marcial e iluminada? Eu que tenho sentido o explodir do prazer não tive nenhum maior, do que ao acariciar teu rosto e descobrir tua entrega singela e casta em minhas mãos. As tuas colhiam meu choro e ganhavam meus beijos. Minha alma estourava de tanta adoração. O que há de mais imaculado que ver tua face em alegria por esperar-me e amparar tua mão segura? Quem conheceria o gozo de duas crianças reconhecendo-se e oferecendo-se mutuamente com a promessa da união sacra e o pedido da imortalidade daquele instante? Porque o Tempo ainda existe para mim? Jamais desejei tanto que Drummond estivesse certo quanto naquele esplêndido momento, “você não é meu relógio de marcar horas e sim de esquecê-las”...
Às Musas ofereci a linguagem dos apaixonados e neguei a ti. Mas retorno para reparar minha falha. AMO-TE como jamais havia vivido este nobre sentimento. Amo-te por completo! Não amo teus olhos, Amo teu olhar. Não amo tua boca, Amo tua voz. Não amo teu riso, Amo teu júbilo. Não amo teu corpo, Amo tua presença. Não amo tua força, Amo tua luta. Não amo tua cultura, Amo tua Honra. Não amo tua fala, Amo tua Verdade. Não amo tua sabedoria, Amo tua Virtude. Não amo tua inteligência, Amo tua Luz. Não amo tua crença, Amo tua Fé. Não amo tua idade, Amo teu espírito. E ainda assim, Amo-Te mais!
Pois então, Criança-Luz, salve teu Menino! O Guerreiro esforçado e persistente tem ainda esperanças de cantar a ti, com Giz do Renato, “acho que estou gostando de alguém e é de ti que não me esquecerei”...
Ouçam Damas, este é o apelo desesperado de Durga: Salvem o Menino Guerreiro! Permitam que eu me apaixone novamente, não rejeitem o Guerreiro-Menino apenas porque ele é o bravo guerreiro da Vida! Permitam-se esta descoberta, que o enigma já foi desvendado! Não deixem esta Luz fugir deste mundo, não roubem da Criança o Menino! Devolvam a Luz ao Guerreiro!
Buscarei então, brindando e viajando as pressas, o teu encontro em nosso labirinto, a tua promessa: teu abraço apertado e abençoado que nos espera! Aguarda-me Criança, este é o meu juramento, esta é a minha Lei: - Prometo, não desistirei nunca de teu Amor-Luz!
Menino Guerreiro.
27 de julho de 2005.
Quarta-feira.
04:11:12.
Lua Cheia em TOURO!
Tenho perdido as batalhas. Sim, teu Menino desconhece as novas armas. O Guerreiro cresceu. Precisavas ver, o pequeno grande Menino Guerreiro em combate! Nem a espada (sem tua bainha) tem o defendido.
E a música, como podes consertar um coração partido?
Deverias estar por perto. As feridas são profundas, entretanto, as aventuras incompletas sem ti. Lembras quando prometeste esperar-me no retorno apaixonado? Esforcei-me tantas vezes para a congratulação de teus abraços apertados, mas minha alma é desconhecida para os profanos de nossa
história. Quem salvaria o Guerreiro Menino?
Ao contrário, colecionei fracassos. Sabes, e admiravas em mim, a perseverança taurina de procurar e encontrar afeto. Ora, deixa-me falar-te dos últimos dias! E lembrarmos lado a lado dos nossos...
Acreditei que te convidaria neste Beltane para meu sacerdócio. Estava contente. Juraria perante os Deuses fidelidade intensa, e até aceitaria a eternidade. Pois foi um sonho que se perdeu em meu Dia. O Menino envelhecia com nova despedida. Acreditas que desisti? Não, somente tu, Criança-marota, compreendes que as Horas apenas tornam-me mais guerreiro. E como não seria? Quanto tempo esperei para conhecer-te Mocinha?
Quantas noites aguardando o sinal para o reencontro sincero do oi, seguido do amargo tchau? E o que faria parar? Nem a dor de teu único deslize pôde.
O tempo foi crescendo para nós, e juntos desfilavam em alegria irradiante o jovem guerreiro e a Luz-Criança. Quantas moedas contadas para o quentão de todos os dias? E os longos embates políticos, sociológicos, psicológicos, matemáticos, físicos, espiritualistas, mágicos, amados ao teu lado! Tua gargalhada ouvida por todos, contaminava os desavisados. Tanta Claridade... E há quem estampe a sombra...
Tantas noites em tua companhia. Falava sem receio. Tu, deslizavas tua sabedoria verdadeira. Encantava-me. Perdíamos os minutos e roubavam nossas horas. Quantos dias furtei do Menino o direito de buscar-te? Muitos, lembraste-me do dever. E eu, explodia em contentamento por demonstrar que me aguardavas.
Ao Mar, mostrei-te meu Amor. E nossas conchinhas? E as risadas? Tempo bom não deveria passar. Ouço no presente, a melodia que te presenteei no primeiro dia de nossa peripécia rumo à Afrodite. É claro, acompanhada de Baco... Lembras? - Encha até a borda, não diga quanto, encha até a borda, é Baco que vem vindo, é Baco que vem chegando... Evoé!
E como chegou! O Menino perdeu-se aos berros com minha espada para contar a Deusa que era Guerreiro! Queria ter visto... Acordei em teus braços vendo teus carinhos de Mãe.
Na manhã seguinte, abri os olhos em teu colo preocupado, rimos e tantos abraços! Oh! Senhora da Vida e da Morte, quem viveu esta Vida? Quem conhece esta história de bardo e jovens guerreiros?
Quanto festejo e reverência nas pedras! Olhava e admirava tua coragem que me roubava o título de guerreiro, pois a Criança do Ar brincava com os perigos e zombava das ondas. O Menino preferia o paraíso de tua visão na praia. Perderia minha vida quantas vezes fosse, para observar-te brincar com as bênçãos de Afrodite. Guardo ainda o presente que calou minha ira em esperar-te por tanto tempo.
O retorno com o conhecimento dos Amantes. Tantas vezes esta carta, até que tive tua escolha. Realmente era melhor uma alternativa incorreta do que a indecisão?
E tuas rosinhas? Ouço ainda em meu espírito tua voz na Rosa dos Ventos... Que dor ao lembrar de tuas lágrimas! Perdoa minha estupidez de deixar-te! Entretanto, imploro, me presenteia novamente com a carta que me deves. Fizeste-a para mim.
Nossos Felizes reencontros nos esconderijos do Menino. E nosso divertimento com o “pinha-bol” culminando com teu gol (contra), a favor de meu coração. Minha vitória? Nosso abraço.
Ah, saudades... Tantas, tomando emprestado Shakespeare, “por minha fé, não te amo mais com meus olhos...”
Quero contar-te dos recentes duelos. O Menino todo pomposo, empunhando a espada e sem teu escudo, assinalado por Durga (ninguém o reconheceu), de olhos vendados, vomitou lágrimas. Era a aflição do desamparo. Conto-te que sangrava, tentava desacreditar que largariam novamente teu Menino por ser Guerreiro da Vida. Disseram que a complexidade o tornava difícil... Mas, a Criança-Marota desvendou meus mistérios e viu meu espírito, reconheceu-me em teu chamado: Criança... Éramos gêmeos? O Menino e a Criança eram irmãos em espírito? Guerreiro e Luz são semelhantes? O que pode haver de perigo neste Amor?
Ouvi ainda a pouco, de outros que queriam um Amor puro, cândido... Como se a alma não pudesse ser marcial e iluminada? Eu que tenho sentido o explodir do prazer não tive nenhum maior, do que ao acariciar teu rosto e descobrir tua entrega singela e casta em minhas mãos. As tuas colhiam meu choro e ganhavam meus beijos. Minha alma estourava de tanta adoração. O que há de mais imaculado que ver tua face em alegria por esperar-me e amparar tua mão segura? Quem conheceria o gozo de duas crianças reconhecendo-se e oferecendo-se mutuamente com a promessa da união sacra e o pedido da imortalidade daquele instante? Porque o Tempo ainda existe para mim? Jamais desejei tanto que Drummond estivesse certo quanto naquele esplêndido momento, “você não é meu relógio de marcar horas e sim de esquecê-las”...
Às Musas ofereci a linguagem dos apaixonados e neguei a ti. Mas retorno para reparar minha falha. AMO-TE como jamais havia vivido este nobre sentimento. Amo-te por completo! Não amo teus olhos, Amo teu olhar. Não amo tua boca, Amo tua voz. Não amo teu riso, Amo teu júbilo. Não amo teu corpo, Amo tua presença. Não amo tua força, Amo tua luta. Não amo tua cultura, Amo tua Honra. Não amo tua fala, Amo tua Verdade. Não amo tua sabedoria, Amo tua Virtude. Não amo tua inteligência, Amo tua Luz. Não amo tua crença, Amo tua Fé. Não amo tua idade, Amo teu espírito. E ainda assim, Amo-Te mais!
Pois então, Criança-Luz, salve teu Menino! O Guerreiro esforçado e persistente tem ainda esperanças de cantar a ti, com Giz do Renato, “acho que estou gostando de alguém e é de ti que não me esquecerei”...
Ouçam Damas, este é o apelo desesperado de Durga: Salvem o Menino Guerreiro! Permitam que eu me apaixone novamente, não rejeitem o Guerreiro-Menino apenas porque ele é o bravo guerreiro da Vida! Permitam-se esta descoberta, que o enigma já foi desvendado! Não deixem esta Luz fugir deste mundo, não roubem da Criança o Menino! Devolvam a Luz ao Guerreiro!
Buscarei então, brindando e viajando as pressas, o teu encontro em nosso labirinto, a tua promessa: teu abraço apertado e abençoado que nos espera! Aguarda-me Criança, este é o meu juramento, esta é a minha Lei: - Prometo, não desistirei nunca de teu Amor-Luz!
Menino Guerreiro.
27 de julho de 2005.
Quarta-feira.
04:11:12.
Lua Cheia em TOURO!