sexta-feira, novembro 07, 2014

Dedos dados

Esta é uma postagem cópia. Cópia de uma conversa com uma pessoa muito querida. Resgatei porque esses dias, lembrei ouvindo noutra conversa, o quanto as mãos conversam, como diz o poeta. Então, nem o tempo que me toma todo o tempo, consegue me tirar do dever de recordar este episódio. Serei responsável e omitirei alguns detalhes. O que importa é que "O amor bate na aorta", como disse o mineiro mais doce que já houve. 

Resolvi fazer algo que já deveria ter feito há tempos e não tive coragem. Talvez como meta de tentar melhorar. Sei que você está namorando com outra pessoa, mas o episódio que quero comentar é mais antigo, quando você namorava a Pessoa, uma moça queridíssima, colega de trabalho. Eu sempre conversava muito com ela, era uma pessoa muito especial daquele lugar, porém ela nunca havia me dito que vocês namoravam, embora eu sempre comentasse dos meus interesses acadêmicos e militantes em prol da luta anti-homofobia. O fato é que vocês estavam na frente do prédio, ali perto do corrimão da escada, e eu estava saindo de lá, provavelmente finalizando meu dia de trabalho. Quando saí, nossos olhares se cruzaram por um brevíssimo momento, e eu percebi que vocês estavam de mãos dadas - timidamente - melhor seria dizer de "dedinhos dados". Nesse instante, presenciei uma das cenas mais tristes da minha vida, vi a Pessoa, desconcertada e assustada, apressadamente soltar seus dedos. Para outros observadores, isso não seria nada de mais, acho mesmo que só um olhar treinado, de um semelhante quando vê um igual como você mesma diz, poderia enxergar este ato de um milésimo de segundo. Contudo, bastou para eu chorar a caminho de casa. 

O que quero te dizer é que fiquei chateado não com a desconfiança da Pessoa, isto é perfeitamente compreensível, mas com a necessidade da desconfiança, com o receito de ser descoberta. Este temor é tão terrível porque tornou concreta a insegurança de uma moça que merece ser plenamente feliz e não estava fazendo nada reprovável, estava fazendo sim, algo louvável, apenas e lindamente segurando a mão, os dedos da pessoa amada. 

Queria te agradecer pela sua força, pela sua docilidade e pelo seu esforço em viver o Amor. Queria muito um dia ter mais intimidade pra falar isso para a Pessoa e dizer que serei sempre um combatente do lado de quem ama, de quem deseja apenas ser o que é. Como você era a outra pessoa deste episódio, resolvi aproveitar e te dizer isso. 

Contem comigo sempre!


terça-feira, outubro 21, 2014

May

Há dias que não é possível falar. Há dias que é impossível não falar.

Assisto há tempos histórias. Vidas me tocam. A ilusão é encontrar algo mais importante que viver.

Ouvindo canções dadivosas, quero presentear a amiga de todos os tempos.

A verdade é que queria muito contar ao mundo a história de vocês. A história de Maio, Somos 11, 13 e 14. Honro-me em fazer parte, ínfima parte, deste romance.

Tanto já aconteceu. E a década trouxe-os de novo. Então Cronos era verdade?

Apenas salvem esta maravilha. Poucos sabem ou vivem. Amor desses em que a Lua é palco, em que anos são horas, em que o sonho é sempre a Verdade deveriam ser obrigatórios. Escolas deveriam nos treinar para tais êxtases. Imaginem que alegria ir a uma aula, sentados ao redor da fogueira, ao som das homenagens para aprender a amar!!!

Que este mundo ainda tenha a chance de assistir a esta mágica lembrança.

Durmo mais feliz por saber que há no mundo a esperança. Se não acreditarem mais,  apenas recordem.

Suas presenças tornam a Vida mais habitável.




sexta-feira, maio 23, 2014

TYRion Lannister

É completamente impossível não falar deste personagem. É inconfundível a força que emana de Tyrion. Ao começar a escrever percebo que seu nome traz TYR, o jovem deus guerreiro nórdico. E outra coincidência. 
Por um daqueles acasos do destino, eu, fanático por Games of Thrones, deixei semana passada de assistir o episódio imediatamente após ter sido disponibilizada a cópia legendada. Assisti mais tarde. Após meu dia. E nem foi porque estava ocupado com os deveres da "bolsa" (aquela que poderia ter que devolver se desistisse), muito pelo contrário, estava "de boa". Coisas que nunca saberemos a resposta. Mais uma. 

Quando vi a cena estonteante não sabia o que pensar, o que sentir. Um turbilhão passava pela minha cabeça. Primeiro, a certeza de que mais pessoas deveriam assistir. Contudo, assistir não significa compreender. Em tempos de tanta punheta acadêmica com sua famosa verborragia e seu blá blá blá super hiper mega power, lembrar do tio Goffman ninguém lembra... Cadê o ESTIGMA galera? Ah, sumiu, porque agora é maravilhoso ser "queer"... Saco! E aí vem todo o vocabulário que pra nada serve, nada muda (só o lattes de alguns)...

Assim, ver Tyrion explodindo e esfregando na cara de seus algozes: "Eu não matei o rei Joffrey, mas eu gostaria de tê-lo feito. Eu gostaria de ter sido o monstro que vcs pensam que eu sou. [...] Eu não darei minha vida para o assassino de Joffrey. E eu sei que aqui não haverá justiça. Então eu vou deixar os Deuses decidirem o meu destino. Exijo um duelo para meu julgamento" é glorificante. No melhor estilo "Vamos cuspir de volta o lixo em cima de vocês". Aquele anão, cheio de marra, com um senso ético inigualável, com aquela inteligência destinada a pouquíssimos me lembrou tanta coisa... A identificação era quase imediata. Ele preferia a morte a aceitar pacatamente os abusos de outros. Como não ficar tocado? Como não compreender sua excelência? Como não reverenciá-lo?

Quanta emoção ao assistir sua valentia, tão incomum nos dias de hoje, nessa espécie precária que se auto-intitula "Homo sapiens", ao não negar, em nenhum momento, mesmo após a pérfida traição de sua "whore". Ele havia se iludido, acreditou que poderia ser amado. Mas a espécie que ele buscava Amor desconhece esse sentimento. Freya há tempos abandonou este povo, e um verdadeiro guerreiro de outros tempos não encontraria Amor nos braços dos humanxs. Para elxs, amar é coisa tola, fútil, descartável. Tyrion é um Leão. Várias "whores" diriam sem medo, sem ética que o amam... O que desejam nada mais é que o velho metal aurum... Contudo, como guerreiro ele não negou seus sentimentos, mesmo sabendo que tinha sido traído. E seu olhar ao ver a traição brutalmente me carregou para o território da dor.

Ainda assim, ele tem mais cartas na manga. Ao pedir auxílio ao seu amigo defensor de outrora, aceita sem insistência que ele não o defenda no combate. Aceita seu destino: "lutarei eu no duelo, e farão canções sobre esse dia". Novamente, foi impossível não perceber o espelho. Príncipe Oberyn, outro ser vindo de outras terras, aceitou lutar em seu nome. O nome era vingança. Sem saber, também era justiça. Ele nunca viu um mostro em Tyrion. Um pequenino apenas, monstro nunca. 

Então pensei, quando o saco da bolsa compulsória encerrar, o primeiro livro que lerei será "As Crônicas de Gelo e Fogo". Meu coração, apesar da turmalina negra, merece. 
E digo a você Tyrion, onde quer que esteja, em qual máscara monstruosa viver, saiba: se Oberyn desistisse haverá sempre um Guerreiro do Sul para lutar em seu nome!

                                     
                                                                 

                                                                                     Viva TYRion! 


quarta-feira, maio 14, 2014

Andros

Eu sou.

Eu sou muitos.
Sou tantos que muitos ainda não sabem.
Sou apenas aquele que é.
Sou treze.
Sou Touro. Guardião. E lobo.
Sou filho intenso da Imensidão.
Sou este. Não sou tão pouco, e sou para mim o que de todos não posso, contudo, nasci de mim.
Eu.
Apenas o garoto de guerra, que ama a História média, e dela sobrevive, ou até a fera que desmente sua força em flores tão surdas.
Sou o gosto perdido dos que lutam até a escuridão, e ensino a Arte das batalhas, não sem desejo, sonhos, vontades, Espírito. Não tenho medo do Medo.
Luto. Venço. Se sou a coragem, todos os lugares são meus. Eu quero, eu vou.
Andros. André.
Sou a alegria da Vida vivida em dias e noites. Não me canso. Conto pro Céu de Lua, Lucas. Vida és minha, sou teu! Mistério abençoado!
Sou quem Ama e meu Amor se faz completo. Tenho a plenitude do dentro. Juro a Honra dos Amores.
E quem me segue? Tenho a fé de levar aos dias que se seguem, o ensinamento dourado: o Amor é a Lei.
Sou pouco, que todos desconhecem. E sou muito, que poucos conhecem. Tenho o caminho de labirinto. Tenho as chaves. Entretanto, apenas é minha a Espada e meu escudo.
Quem tomou-me por Eu?
Sou, então, para sempre, o Grande GUERREIRO MENINO.



sexta-feira, maio 09, 2014

Anonimato

Estava pensando no anonimato. Lembrei de quem nunca esqueço. Aquele que no nome é simplesmente Pessoa. E ora, eu que deveria estar no sono ou cumprindo meus deveres, resolvi ler. Sempre acalma.

Porque é preciso ser visível? Quem é? Somos tantos, como ele mostrou. O que importa um nome?

Deve ser meu inferno astral. Preciso de férias. Preciso desassossegar. Ele nos ensinou a ser heterônimos. 

Aqui está:

262: 

Cheguei hoje, de repente, a uma sensação absurda e justa. Reparei, num relâmpago íntimo, que não sou ninguém. Ninguém, absolutamente ninguém.
     Quando brilhou o relâmpago, aquilo onde supus uma cidade era um plaino deserto; e a luz sinistra que me mostrou a mim não revelou céu acima dele. Roubaram-me o poder ser antes que o mundo fosse. Se tive que reencarnar, reencarnei sem mim, sem ter eu reencarnado.
     Sou os arredores de uma vila que não há, o comentário prolixo a um livro que se não escreveu. Não sou ninguém, ninguém. Não sei sentir, não sei pensar, não sei querer. Sou uma figura de romance por escrever, passando aérea, e desfeita sem ter sido, entre os sonhos de quem me não soube completar (1).
     Penso sempre, sinto sempre; mas o meu pensamento não contém raciocínios, a minha emoção não contém emoções. Estou caindo, depois do alçapão lá em cima, por todo o espaço infinito, numa queda sem direcção, infinitupla e vazia. Minha alma é um maelstrom negro, vasta vertigem à roda de vácuo, movimento de um oceano infinito em torno de um buraco em nada, e nas águas que são mais giro que águas bóiam todas as imagens do que vi e ouvi no mundo - vão casas, caras, livros, caixotes, rastros de música e sílabas de vozes, num rodopio sinistro e sem fundo.
     E eu, verdadeiramente eu, sou o centro que não há nisto senão por uma geometria do abismo; sou o nada em torno do qual este movimento gira, só para que gire, sem que esse centro exista senão porque todo o círculo o tem. Eu, verdadeiramente eu, sou o poço sem muros, mas com a viscosidade dos muros, o centro de tudo com o nada à roda.
     E é, em mim, como se o inferno ele-mesmo risse, sem ao menos a humanidade de diabos a rirem, a loucura grasnada do universo morto, o cadáver rodante do espaço físico, o fim de todos os mundos flutuando negro ao vento, disforme, anacrónico, sem Deus que o houvesse criado, sem ele mesmo que está rodando nas trevas das trevas, impossível, único, tudo.
     Poder saber pensar! Poder saber sentir!
     Minha mãe morreu muito cedo, e eu não a cheguei a conhecer...

domingo, abril 13, 2014

A beleza do normal

Há dias que precisam ser contados. Dias comuns, dias sem novidade alguma. Dias normais. E quem diria, eu - anormalmente - iria falar de normalidade. Quem acredita? Quem me conhece, oras! 

Naquele calor entediante, sol me liquefazendo, eu "escorro" pro mercado. Quase como atividade masoquista, escolho fazer compras no auge do meio-dia. Explico: teve jogo de volei na TV. Outra descoberta: prefiro esportes à reuniões acadêmicas-filosóficas-revolucionárias-salvadoras da mundo... Ah, quanto orgulho de mim!

O preço assusta. Os produtos não atraem. A cesta vai crescendo. Esbarro numa promoção. Taurino por natureza, desconfio. Mas eram só pequeninas bebidas lácteas de café gelado. Uma gostosura! Quem levasse dois, ganha um. Explico "again": comprando dois produtos, concorria ao sorteio de uma mochila. Bonita, não fosse as cores da copa. Felizmente o azul prevalece. Mochila de trilha. Deu aquela saudade apertada do Anhagava e do Itupava. Pensei: Ora, no meu atual estado de amante esportista (as corridas nem incomodam tanto o coração, não se pode dizer o mesmo dos joelhos, mas isso é uma outra história) aquele saco de viagem me cairia muito bem. 

Imediatamente pus as duas bebidas na cesta. Mais uma olhadela nos produtos em promoção e a decisão segura de que é melhor evitar gastos desnecessários. Poupar é um verbo que exerce atração sobre mim.Fui à caixa e a alegria primeira: não tinha fila! Um bom-dia sulista foi meu cumprimento. Crédito ou débito? Aquele cartão azul só permite débito, e o que isso tem demais? Tem eu! Eu. Só eu. Paguei, peguei meus mais novos pertences, ou na linguagem marxista, minhas mercadorias e perguntei onde pegava meu cupom. Na recepção. Fui até lá. 

O suor jorrando de mim tal qual fosse eu um geiser humano não me impediram de completar a árdua tarefa: buscar meu cupom. Avistei a moça da recepção e perguntei da promoção. Trabalhadora de fim de semana me respondeu sem muita amistosidade: qual concurso? Informei a marca. Ela pede a nota fiscal (depois de uma leve má-vontade encontra meus produtos adquiridos) e me dá o cupom. Antes, contudo, vem a inquisição: a identidade moço! E num simples passe de mágica, da minha cartola-carteira não tirei o coelhinho (defendo animais e condeno estas práticas). A magia era: a mochila era bônus. A vitória já é minha. 

Preenchi o cupom. Coloquei-o, um tanto encharcado, na urna. Juntei minhas compras e fui me liquefazer mais um pouquinho. Como outro dia qualquer, um dia feliz. 
Um dia normal.







quinta-feira, fevereiro 20, 2014

GUERREIRO DO SUL

Acordei! Viva! Vitória!

E há quem diga rer a sorte como companheira, perdas não me seguem! Sou filho bravo! Lugh!

Não quero sorte, sou coragem e FORÇA!

Sou forte eternamente!

E agora quem dirá que não sou legal?

Sou GUERREIRO.

Calem-se! Eu vivo!

Na terra do vampiro e das polaquinhas, eu sou vitória!

Não aceitaria menor, não deixaria o Alemão para trás. Minha terra é essa! Somos quietos, não nos dobram!

A cada volta no Barigui, o ar envolve meus pulmões que expulsam a palavra aguardada: Viva!

Nasci com espada em punhos, é meu direito a guerra. Guerreiro sou para sempre.

De joelhos agora aqueles que me desejam desistente, infeliz perdedor!

Com a alma animal eu acordei maior. Muito! Logo novo emblema marcará a carne.

A história continua. Vida. Vencida.

Tinha que ser aqui. Minha cidade, meu lar, minha história, meu ORGULHO!

Não apenas meu país é o sul, Curitiba é meu planeta! Meu lar.

Descanso para novas conquistas no lar paranaense.

GUERREIRO.




terça-feira, fevereiro 04, 2014

Quando as coisas tem que acontecer... Obrigado amigo.

Impossível não pensar que esta musica foi feita para meu amigo Menino Guerreiro

Viva Como Guerreiro
Sinta como o mundo não te ama
Eles só querem te empurrar pra longe
Alguns dias eles não te enxergam
Você sente como estivesse no caminho
Hoje você sente como se todo o odeia
Apontando os dedos, procurando seus enganos
Você faz o bom, eles querem melhor
Não importa o que você dá, eles querem mais
Dê seu amor e eles o jogam de volta
Você doa seu coração, eles continuam a atacar
Quando nada mais restar pra você,
A única coisa que você pode fazer é dizer

Hoje, só hoje, viva como você quer
Deixe o ontem queimar e o jogue no fogo, no fogo, no fogo
Lute como um guerreiro,

Hoje, só hoje, viva como você quer
Deixe o ontem queimar e o jogue no fogo, no fogo, no fogo
Lute como um guerreiro.

Algumas coisas você deve deixar passar, só vão te colocar pra baixo
Assim como peso em seu ombro, eles apenas vão te afogar

Todos nós oscilamos pra cima e oscilamos pra baixo
Todos nós temos segredos que as pessoas não sabem
Todos nós temos sonhos, não podemos desistir
Queremos ser corajosos, não tenha medo.

Ohhhhh

Hoje, só hoje, viva como você quer
Deixe o ontem queimar e o jogue no fogo, no fogo, no fogo
Lute como um guerreiro.

Hoje, só hoje, viva como você quer
Deixe o ontem queimar e o jogue no fogo, no fogo, no fogo
Viva como um guerreiro.

Seu coração está pesado pelas coisas que você carrega a tanto tempo
Você oscila bem e mal, cansado sem saber porque
Mas você nunca vai voltar atrás, você somente vive uma vez
Deixe passar, deixe, deixe passar, deixe, deixe, deixe passar.

Hoje, só hoje, viva como você quer
Deixe o ontem queimar e o jogue no fogo, no fogo, no fogo
Lute como um guerreiro.

Hoje, só hoje, viva como você quer
Deixe o ontem queimar e o jogue no fogo, no fogo, no fogo
Viva como um guerreiro.

Hoje, só hoje, viva como você quer
Deixe o ontem queimar e o jogue no fogo, no fogo, no fogo
Lute como um guerreiro.

Hoje, só hoje, viva como você quer
Deixe o ontem queimar e o jogue no fogo, no fogo, no fogo
Viva como um guerreiro.



 31 de dezembro de 2013 às 21:05

terça-feira, janeiro 21, 2014

Sem cinema

Há dez anos... 10 anos era tudo tão pesado. Em poucos dias tudo ia mudar. Iria comprar ervas e começar a sonhar.
Agora tenho saudades. Logo minha cidade ficará pra trás. Dor em explosão.
Hoje falei com uma menina e voltei a fugir do sol. Ela soube que eu sumi. E como não seria?
Um filme, um sonho, um suspiro.
Corro. Dor. Medo.
Ao ver confissões, encontro despedidas. Amiga de anos, com seus filhos. Última vez. Ficará sempre o carinho.
Enquanto isso, nada me sobrou. Em outros mundos as festas viajam.
Falta o menino luz. Então irei. Quase dois meses.
Buddy estará na espera?
Solidão me assusta, amigo.
Vou indo.
Quem sabe Anhagava?
E quando será?





quarta-feira, janeiro 15, 2014

Para mim

Para o fim.

Porto

Aguardo o porto. Estou cansado. Muito.
Quando ouvi o convite, sabia que era verdade. Seria. Será. Quem conhece o passado já tem a próxima história.
Uma mão. Não dupla.
Agora terei que esperar dias e noites até lá. Já sem aquela criança.
Eu não sou daqui. Minha mão dizia. Estou onde?
E houve quem disse ser o importante o que nunca foi. Ninguém ouviu.
Não, não é carreira. É encontro. A família planetária.
Minha entrevista contou-me das instituições que falharam. Sozinho estava.
Não importa. Estou chegando.
Este não é meu lugar.
Há outras praias. Há outros vínculos.
E aquela pressa? Risos falsos.
Vou dormir logo.
Tenha a promessa de um porto.
Até lá, não estou aqui. Nem ali.
Vejo lá.