sábado, novembro 17, 2007

A Salvação.

Um mero segundo.Pouco. Utopia ou necessidade?Necessidade de ser utópico?Todos com assuntos imensos. Importantes.Eu e esse sorriso alienante...Eles, atarefados.Eu.Distante.Ainda no mesmo instante.Baixo a cabeça.Penso. Descubro. Curiosidade perturba.Eu já sem dormir.Sem paciência, de jogar.Com as palavras.Medíocres frases.E no “fairy tale”, infeliz para sempre?Eu feliz sem espaço.Minha terra é tortura.Não me reconheces?Só tenho amigos.Olhando para o brinde (de cerveja?)Encontro nossa sombra. Lento, escorremos e contamos nossos dias.Noites são sempre à espera.Conversas, disfarces, Filosofia, prosa, Encantos, amigos, medos, alegrias,Sociologia, mesclados em poesia.Somos nós. Em meio a palavras cifradas,contamos o segredo: somos semelhantes.Fogem as lágrimas?Mais uma vez ilusão?“Todo mês volto à adolescência”, e eu...Onde estão minhas responsabilidades?Perdi as chaves há tanto tempo que me perdia no retorno.Ainda que doa, voltei.Irei embora mais cedo, não te perturbes.Não oferecerei riscos. Sairei sem perceberes, não me demoro, conheço o oculto.Afinal, meus olhos buscaram apenas a melodia.Ainda assim, não somos amigos, então:Obrigado. Tua luz soprou e eu caminhei. Guerreiro num conto de fadas... Sozinho. Menino encantado. Parabéns. Ainda existe magia.
(Agradeço-te amigo, o livro e o companheirismo poético) Menino Guerreiro.13 de novembro de 2007.Lua Nova. 00: 00:05h

quarta-feira, julho 04, 2007

Lua Cheia em um dia de Sol. Rua feia em um dia de pó...

Aquietai-vos
O menino acordou.
Mal. Caminhos tardios para as perguntas.
Mãos juntas, saudades.
Quando será que irão perceber que aquele tolo,
era um guerreiro desmascarado?
Inundado de emoções! Regurgitando dores?
Olhos abertos? Lábios vendados.
Meu esconderijo é sempre teu.
Vou ao parque. Tomo chá, sem merecer.
Parques combinam com solidão. Outras bebidas não.
Talvez a falta que eu sinta seja o essencial.
Lágrimas nos sonhos são torrentes, piscinas.
Escoam águas. Ecoam mágoas.
O pior é não estar longe. É não estar.
Não conto. Não pergunte. Metáforas são amigas de meninos.
Tristezas são caminhos de guerreiros.
Queria a máscara para que não pudesse ver.
Ilusão. Era invisível.
Qual o tempo que virá e verão um menino,
cantando, chorando, sonhos...
Me pedem para baixar as armas, perfuram-me com lanças,
danças e desprezo.
Amigos solitários encontram muros.
Bastava embalar. O futuro.
Tenho medo, não era mais que menino
gritando em busca de abraços.
Mas não há salvação.
Então. Explosão de urros, risos, mitos. Surras, repulsão.
Heróis de cinema, algemas para me domesticar?
Não. Carinhos de um menino. Sozinho.
Me acostumei à poltronas vazias. Palavras bonitas.
Bem-feitas.E ao lado, vozes desfeitas.
Desejos, paixões e um menino.
Bandeiras e causas. Causaram-me náuseas.
Asco e raiva, atiraram-me ao fogo.
Fogueira santa? Tribunal. Inquisição?
Santo ofício? De malefícios?
Quiseram me ver. Impossível aos olhos.
Gritaram: mostra a tua cara! Mostrei.
A alma.
Não é o espírito. Seu desejo é uma Ordem.
Eu, sem direitos. Meu dever, acordem!
Seriam todos maquiáveis? Guerreiro é absoluto.
Soberano. Enfim, eu luto. Em luto, por seus egos.
Não abano a cauda para bovinos cérebros.
Me escondo para me enxergarem. A dor é esta.
Pior não há. Há sim. A todas que escondi.
Sem começo. Vou guardar mais essa canção.
E dizer até mais. Cuide-se.
Amigos são para essas horas. E sorrisos não
dizem nada, tantos anos e eu aprendi,
dormir esmaga as expectativas.
Tentativas, são sempre em vão.
E beijo, não terão.
Aquieta-te, o menino calou-se.
Festeje, mais este meu adeus.
Ah, Deusa... Cuida do filho de Pã.
Letras, Drummond, livros, refrão, legião, Bandeira, Pessoas,
Notas, disparidade, exaustão, coragem, sinceridade, viagem,
Lispector, saudades, sempre saudades.
Clarice.

segunda-feira, junho 25, 2007

Porque ninguém vai ler, eu escrevo.

Nada importa. Tudo é construção. Fizeram um desenho de mim e me plastificaram.A borracha apagou meus direitos.Não posso mudar. Minha caneta é invisível.Meu caderno compartilho, e minha vida invisível.Meus desejos, ideal, perfeito.Não se planta coragem. Sou um fato.E o pior, é que penso.Tentam forçar, me incluir. Mas não pertenço.Sou objeto. De estudo.De nada.Entenderam algo?Descoberta alucinante.Sorrisos. Somos teus “amigos”...Quem sabe me amansar? Adestrar por que não?E passo cantando pra ninguém ouvir.Entre teclas e noites, tenho fábulas.Histórias perdidas de um guerreiro partido.Acho que Wilde vem me visitar e lembra que não posso ousar...Outros mostram. Eu, guerreiro quieto.Essa sensação de que sempre é do mesmo jeito.Todos se conformam, eu confronto.Ou escolho a cama, ou o cérebro.Meus direitos têm limites. Há sempre um muro.Ou um cordão de isolamento.O pior, é que alguém tinha razão:Não tenho o que é preciso.Tenho cérebro.Mas isto não se compra em sex shop.E o que importa?A dicotomia já ditou as normas:Vocês pra cá, eu pra lá. Afinal, porque eu não me acostumo coma sua tão generosa jaula?Simples, porque eu escrevo.E ninguém vai ler.

sábado, maio 19, 2007

Uma Pequena Resposta.

É, vamos de novo. Até que gostei da brincadeira. Mas é de verdade.
Será que consigo, será que te respondo? Amigo, amigo “Renato”, Amigo?
Vou tentar, e hoje acho que entendo, mas não seria talvez Rousseau?
Como foi o amigo “Jean Jacques”? E escutando, carregando sempre,
Giz não me falta... “Quando eu quero”...
“Quero que saibas que me lembro, queria até que pudesses me ver”...
Mas não dá, o politécnico não é a reitoria...
Tive tempos de espada. Sempre igual. Mas agora, Amigos! Logo será teu dia.
O meu já foi. O presente: A luta! E a “tia Esperança”...
“Será que você vai saber o quanto penso em você, com o meu coração?”
Nem acreditei, depois de tanta “tempestade”, a bandeira, eram sorrisos,
A espada, vozes! Eram como você. Meninos e meninas. Coragem, valentia,
Força, eles Merecem! Eu merecia!
Os que disseram ódio, intolerância, ou como ti, não natural, também foram!
Como você. “E hoje o dia é tão bonito”...
E há quem “fala demais por não ter nada a dizer”...
Mas eles não são a “Geração coca-cola”, talvez os “netos da revolução”...
São Guerreiros,
Meninos, criança! Lembra disso?
Ganhei, Vitória de menino! Não desisto! Nem Cronos me trouxe a pacata historinha de conformismo, de resignação. Só mereço ser Feliz! Ainda canto pro hedonismo!!!
Só por favor, “sem essa de que estou sozinho”... (Hoje) “somos muito mais que isso”... Mesmo que não dê o merecimento, “eu preciso e quero ter carinho, Liberdade e Respeito, CHEGA de opressão! Quero viver a Minha VIDA em paz... Quero um milhão de amigos, quero Irmãos e Irmãs”...
E eu tenho... Longe de você, surgiu o horizonte, mas ainda lembro das pedras, do mar,
será que existia verdade? Então porque um chá venceu um quentão? Não ganhou,
Você perdeu! Tempo, Vida. Nesta História, minha dor é a resposta.
“Já que você não está aqui, o que posso fazer é cuidar de MIM!”
Lembro dos planos. Nada. Só olhares velados, Sorrisos amargos, falsidade, fingimento indiferente. Ou indiferença inventada. O contraste, era inesquecível. Herdamos a saudade, de um tempo exato, e hoje é você. Exata.
“Os sonhos vêm, os sonhos vão, o RESTO é imperfeito!”
Para os que esbravejaram: Urra! O menino voltou!
Pedras não me derrubam, “nada mais vai me ferir”...“Tenho o que ficou, e tenho sorte, até demais”... “Como sei que tens, também”, Criança.
Então respondendo ao Grande Amigo “Renato (Rousseau)”,
“Achei um 3x4 teu, e não quis acreditar que tinha sido há tanto tempo atrás, um exemplo de liberdade e respeito, do que o verdadeiro amor é capaz”... Mas isso é uma outra história.
Como já disse, “a minha escola não tem personagem, a minha escola, tem gente de verdade”... “Alguém falou (o que foi embora): O fim do mundo, o fim do mundo já passou... Vamos começar de novo, um por todos e TODOS por um!”
Era mesmo mais um, mais um Menino! Guerreiro somos nós! Reconheço tua “perfeição”.
“Sei que devo exigir, eu quero a espada em minhas mãos”...
Como eu quis este dia, e outros disseram que poderiam me tirar, do templo.
Não! Estou por vitória, não foi sem poesia, sem fome, sem amor, sem sangue.
E agora é minha, essa História. Mas é deles também.
Será “que tudo passa, tudo passará?”
Então, só você poderia dizer: “E nossa História, não estará pelo avesso assim, sem final feliz... Teremos coisas bonitas pra contar... E até lá, vamos VIVER! Temos muito ainda por fazer, não olhe pra trás, apenas começamos... O mundo começa agora...”. (Como diria alguém) “Apenas começamos...”
E pra te responder amigo, Renato, “Rousseau” , já que hoje, um ouvinte “comum” do século XXI, Te empresta para a Vida:
“O sistema é maus, mas MINHA TURMA é legal,
viver é foda, morrer é difícil, te ver (ouvir) é uma necessidade”...
É assim, exatamente assim, que se diz, “como é que se diz EU TE AMO?”

Menino Guerreiro.*
19 de maio de 2007.
Sábado.
01:08:50.
Lua Nova.

* Este texto é uma intertextualidade com toda licença, reverência e veneração ao grande Mestre Renato Russo. Gratidão infindável a toda sua majestosa sabedoria. E a troca por “Rousseau”, refere-se a um texto que li recentemente que “fala” de um leitor “comum” de Rousseau, idólatra do filósofo.

terça-feira, fevereiro 20, 2007

Salve (m) o Menino Guerreiro!

“Como vai a batalha?” Ouço indomável, e sei que era para ti. Criança, conheço-te e sei de nosso gênio... Onde estás agora? Será que sabes? Será que lembras? E o indispensável rúnico se perdeu? Nem Cronos me afastou...
Tenho perdido as batalhas. Sim, teu Menino desconhece as novas armas. O Guerreiro cresceu. Precisavas ver, o pequeno grande Menino Guerreiro em combate! Nem a espada (sem tua bainha) tem o defendido.
E a música, como podes consertar um coração partido?
Deverias estar por perto. As feridas são profundas, entretanto, as aventuras incompletas sem ti. Lembras quando prometeste esperar-me no retorno apaixonado? Esforcei-me tantas vezes para a congratulação de teus abraços apertados, mas minha alma é desconhecida para os profanos de nossa 
história. Quem salvaria o Guerreiro Menino?
Ao contrário, colecionei fracassos. Sabes, e admiravas em mim, a perseverança taurina de procurar e encontrar afeto. Ora, deixa-me falar-te dos últimos dias! E lembrarmos lado a lado dos nossos...
Acreditei que te convidaria neste Beltane para meu sacerdócio. Estava contente. Juraria perante os Deuses fidelidade intensa, e até aceitaria a eternidade. Pois foi um sonho que se perdeu em meu Dia. O Menino envelhecia com nova despedida. Acreditas que desisti? Não, somente tu, Criança-marota, compreendes que as Horas apenas tornam-me mais guerreiro. E como não seria? Quanto tempo esperei para conhecer-te Mocinha?
Quantas noites aguardando o sinal para o reencontro sincero do oi, seguido do amargo tchau? E o que faria parar? Nem a dor de teu único deslize pôde.
O tempo foi crescendo para nós, e juntos desfilavam em alegria irradiante o jovem guerreiro e a Luz-Criança. Quantas moedas contadas para o quentão de todos os dias? E os longos embates políticos, sociológicos, psicológicos, matemáticos, físicos, espiritualistas, mágicos, amados ao teu lado! Tua gargalhada ouvida por todos, contaminava os desavisados. Tanta Claridade... E há quem estampe a sombra...
Tantas noites em tua companhia. Falava sem receio. Tu, deslizavas tua sabedoria verdadeira. Encantava-me. Perdíamos os minutos e roubavam nossas horas. Quantos dias furtei do Menino o direito de buscar-te? Muitos, lembraste-me do dever. E eu, explodia em contentamento por demonstrar que me aguardavas.
Ao Mar, mostrei-te meu Amor. E nossas conchinhas? E as risadas? Tempo bom não deveria passar. Ouço no presente, a melodia que te presenteei no primeiro dia de nossa peripécia rumo à Afrodite. É claro, acompanhada de Baco... Lembras? - Encha até a borda, não diga quanto, encha até a borda, é Baco que vem vindo, é Baco que vem chegando... Evoé!
E como chegou! O Menino perdeu-se aos berros com minha espada para contar a Deusa que era Guerreiro! Queria ter visto... Acordei em teus braços vendo teus carinhos de Mãe.
Na manhã seguinte, abri os olhos em teu colo preocupado, rimos e tantos abraços! Oh! Senhora da Vida e da Morte, quem viveu esta Vida? Quem conhece esta história de bardo e jovens guerreiros?
Quanto festejo e reverência nas pedras! Olhava e admirava tua coragem que me roubava o título de guerreiro, pois a Criança do Ar brincava com os perigos e zombava das ondas. O Menino preferia o paraíso de tua visão na praia. Perderia minha vida quantas vezes fosse, para observar-te brincar com as bênçãos de Afrodite. Guardo ainda o presente que calou minha ira em esperar-te por tanto tempo.
O retorno com o conhecimento dos Amantes. Tantas vezes esta carta, até que tive tua escolha. Realmente era melhor uma alternativa incorreta do que a indecisão?
E tuas rosinhas? Ouço ainda em meu espírito tua voz na Rosa dos Ventos... Que dor ao lembrar de tuas lágrimas! Perdoa minha estupidez de deixar-te! Entretanto, imploro, me presenteia novamente com a carta que me deves. Fizeste-a para mim.
Nossos Felizes reencontros nos esconderijos do Menino. E nosso divertimento com o “pinha-bol” culminando com teu gol (contra), a favor de meu coração. Minha vitória? Nosso abraço.
Ah, saudades... Tantas, tomando emprestado Shakespeare, “por minha fé, não te amo mais com meus olhos...”
Quero contar-te dos recentes duelos. O Menino todo pomposo, empunhando a espada e sem teu escudo, assinalado por Durga (ninguém o reconheceu), de olhos vendados, vomitou lágrimas. Era a aflição do desamparo. Conto-te que sangrava, tentava desacreditar que largariam novamente teu Menino por ser Guerreiro da Vida. Disseram que a complexidade o tornava difícil... Mas, a Criança-Marota desvendou meus mistérios e viu meu espírito, reconheceu-me em teu chamado: Criança... Éramos gêmeos? O Menino e a Criança eram irmãos em espírito? Guerreiro e Luz são semelhantes? O que pode haver de perigo neste Amor?
Ouvi ainda a pouco, de outros que queriam um Amor puro, cândido... Como se a alma não pudesse ser marcial e iluminada? Eu que tenho sentido o explodir do prazer não tive nenhum maior, do que ao acariciar teu rosto e descobrir tua entrega singela e casta em minhas mãos. As tuas colhiam meu choro e ganhavam meus beijos. Minha alma estourava de tanta adoração. O que há de mais imaculado que ver tua face em alegria por esperar-me e amparar tua mão segura? Quem conheceria o gozo de duas crianças reconhecendo-se e oferecendo-se mutuamente com a promessa da união sacra e o pedido da imortalidade daquele instante? Porque o Tempo ainda existe para mim? Jamais desejei tanto que Drummond estivesse certo quanto naquele esplêndido momento, “você não é meu relógio de marcar horas e sim de esquecê-las”...
Às Musas ofereci a linguagem dos apaixonados e neguei a ti. Mas retorno para reparar minha falha. AMO-TE como jamais havia vivido este nobre sentimento. Amo-te por completo! Não amo teus olhos, Amo teu olhar. Não amo tua boca, Amo tua voz. Não amo teu riso, Amo teu júbilo. Não amo teu corpo, Amo tua presença. Não amo tua força, Amo tua luta. Não amo tua cultura, Amo tua Honra. Não amo tua fala, Amo tua Verdade. Não amo tua sabedoria, Amo tua Virtude. Não amo tua inteligência, Amo tua Luz. Não amo tua crença, Amo tua Fé. Não amo tua idade, Amo teu espírito. E ainda assim, Amo-Te mais!
Pois então, Criança-Luz, salve teu Menino! O Guerreiro esforçado e persistente tem ainda esperanças de cantar a ti, com Giz do Renato, “acho que estou gostando de alguém e é de ti que não me esquecerei”...
Ouçam Damas, este é o apelo desesperado de Durga: Salvem o Menino Guerreiro! Permitam que eu me apaixone novamente, não rejeitem o Guerreiro-Menino apenas porque ele é o bravo guerreiro da Vida! Permitam-se esta descoberta, que o enigma já foi desvendado! Não deixem esta Luz fugir deste mundo, não roubem da Criança o Menino! Devolvam a Luz ao Guerreiro!
Buscarei então, brindando e viajando as pressas, o teu encontro em nosso labirinto, a tua promessa: teu abraço apertado e abençoado que nos espera! Aguarda-me Criança, este é o meu juramento, esta é a minha Lei: - Prometo, não desistirei nunca de teu Amor-Luz!


Menino Guerreiro.
27 de julho de 2005.
Quarta-feira.
04:11:12.
Lua Cheia em TOURO!