terça-feira, janeiro 21, 2014

Sem cinema

Há dez anos... 10 anos era tudo tão pesado. Em poucos dias tudo ia mudar. Iria comprar ervas e começar a sonhar.
Agora tenho saudades. Logo minha cidade ficará pra trás. Dor em explosão.
Hoje falei com uma menina e voltei a fugir do sol. Ela soube que eu sumi. E como não seria?
Um filme, um sonho, um suspiro.
Corro. Dor. Medo.
Ao ver confissões, encontro despedidas. Amiga de anos, com seus filhos. Última vez. Ficará sempre o carinho.
Enquanto isso, nada me sobrou. Em outros mundos as festas viajam.
Falta o menino luz. Então irei. Quase dois meses.
Buddy estará na espera?
Solidão me assusta, amigo.
Vou indo.
Quem sabe Anhagava?
E quando será?





quarta-feira, janeiro 15, 2014

Para mim

Para o fim.

Porto

Aguardo o porto. Estou cansado. Muito.
Quando ouvi o convite, sabia que era verdade. Seria. Será. Quem conhece o passado já tem a próxima história.
Uma mão. Não dupla.
Agora terei que esperar dias e noites até lá. Já sem aquela criança.
Eu não sou daqui. Minha mão dizia. Estou onde?
E houve quem disse ser o importante o que nunca foi. Ninguém ouviu.
Não, não é carreira. É encontro. A família planetária.
Minha entrevista contou-me das instituições que falharam. Sozinho estava.
Não importa. Estou chegando.
Este não é meu lugar.
Há outras praias. Há outros vínculos.
E aquela pressa? Risos falsos.
Vou dormir logo.
Tenha a promessa de um porto.
Até lá, não estou aqui. Nem ali.
Vejo lá.