Como se houvesse um espelho sem reflexo...
Talvez? Será?
Sempre fui quem carregou o mal.
Sou conhecido da culpa desde muito antes.
Nem existia e já tinha responsabilidades....
Enfim, o mal sempre foi meu.
Onde estavam os ímpios?
Para onde escarraram a misericórdia?
Sou guerreiro. Tenho espada.
Meu escudo.
Ou mestre? Do nada?
Como se o meu mal fosse pária.
Meu rosto elmo.
E a a alma, desconhecida.
Lamúria de uma escara.
Retorcendo-me em descuido e abandono de mim mesmo, soltei-me ao fundo das águas.
Sem lágrimas. Estou sozinho. Nem elas.
Fui sozinho. Serei sozinho. Estou longe e não volto.
Porque às vezes é triste ser só as respostas.
Nunca conheci indagações.
A sentença: sempre uma condenação pública.
Em coro, todos dizem:
- "Sofra, morra, desista e não suje!"
O nojo, companheiro de estrada. Na estada do acaso.
Por acaso há acasos?
Despi-me em coragem porque a verdade é uma só: não sou igual.
Meu sinal é menos.
Nulo, na verdade.
Eu igual a nada.
Nada = Eu.
Sem vida. Sem alma. Sem clemência. Como se só a minha mão tivesse peso...
Eu não tive culpa? Ora, sempre fui culpado, até que (eu) prove o contrário.
Não provo, não digo. Não choro. Já fui.
Aqui jaz o nada.
Grato por me ouvir de longe.
Não, não sei se mereço, ainda assim distante você não me deixou.
À DeusA.
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