sábado, abril 04, 2015

Para o eclipse.

Ontem eu voltei às telas. Tempos e foi com Hilary Swank. Não chega a ser como foi antes, contudo não falarei dos outros.

Falo do que senti ao ver. Ver me faz sentir. Andar me faz sentir. Sempre disse de vínculos e fazer parte. Não faço ouvir. 

Eu vi. Descobri que estava certo o tempo todo. Nunca foi o corpo, sempre é a alma. Vínculos não precisam de nomes. Amor, amizade, companheirismo, cumplicidade. Nada eleva ou descreve. Ser perfeito é ser parte. É entregar e mergulhar. É fazer do outro o eu, e o "eu é outro". 

Lembrei desses dias, noutra lua, noutro eclipse, do que Renato me dizia: "uma menina me ensinou quase tudo o que eu sei". E aqui, é mais fácil não esquecer. Passar de bike, mesmo que em instantes, o aroma adocicado dos chás, lembram as eternas conversas.E eu entendo que o que busco é bem menos do que me pedem. Queria apenas as horas de convívio, e conhecer outro mundo pra mostrar o meu. 

Não sou feito de vingança. Aquele que se volta à punição perde sempre. Nada pune melhor que a indiferença. E sou apenas igual. Há poucos. Como disseram: procuro ver e procuro quem me veja. 

Assim, convenço-me sem nenhuma dificuldade que aquilo que se critica no outro, o eu repete todos os dias. E não é assim nas cenas mais comuns do hoje? Se o ontem era repelido e dito como o grande monstro, com direito a apedrejamento, porque hoje é igual? Talvez a resposta seja que sejamos iguais, e assim, não há porque condenar. Portanto a punição é desnecessária. 

O tempo foi e sempre o guardião. Suas chaves tem me acompanhado. Quando fiz o teste e foi 31, menos que 60, violentamente eu já sabia. Adestramento trouxe espada, escudo e estratégia. Estarei lá sem medo.

Não foi porque amo demais o eu. Amo demais o outro. O outro que eu conheço e me conhece. A singularidade será sempre o ideal. 

Deixo fluir e canto com a maturidade que é nossa: Feliz encontro, feliz reencontro e feliz seja nosso novo encontro! Na paz e no Amor dos Deuses! Evoé.




Nenhum comentário: